Os curitibanos certamente conhecem a Fonte da Memória no Largo da Ordem, mas chamam por outro nome: “Cavalo Babão”. O monumento traz uma cabeça de cavalo na fonte, feita em homenagem aos imigrantes.
E a obra também tem espaço entre as lendas urbanas de Curitiba.
Segundo Luciana Mallon, o conto popular fala sobre uma égua de um fazendeiro, chamada Lua, que entrou em trabalho de parto. Era noite de eclipse, e a lenda dizia que os potros que nasciam na noite deste fenômeno ficavam “babões” pelo resto da vida.
Cumprindo a profecia, o animal nasceu babando e continuou assim conforme o tempo passava. O cavalo era maltratado constantemente pelos filhos do fazendeiro, até que este, cansado da situação, pediu para que seus empregados vendessem o animal no Largo da Ordem, no mercado de trocas.
Porém, ninguém queria comprar o cavalo babão. O fazendeiro, então, pediu aos empregados que dessem o cavalo de presente para a primeira pessoa que gostasse dele. E esta pessoa foi um menino de rua que andava pelo Largo da Ordem, que disse querer muito um animal de estimação.
O cavalo levou o garoto até um bosque, até que apontou a pata para um lugar no chão. O menino cavou o local, e encontrou um baú, cheio de ouro e joias.
O garoto comprou um pequeno sítio e tentou construir um monumento ao seu melhor amigo, o cavalo babão. Mas as autoridades não deixaram. Quando o animal morreu, ele prometeu enterrar o amigo no lugar que ele mais gostava: o Largo da Ordem.
“Coincidentemente, no século XX, em meados dos anos noventa, foi inaugurada a fonte de um cavalo babão bem no local onde o bicho desta Lenda Urbana foi enterrado no século XIX”, conta Luciana Mallon."
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